A história de um bancário, Funcionário do Bradesco com 30 anos de história na instituição, revela os desafios enfrentados por trabalhadores que se tornam vítimas de assédio moral e perseguição no ambiente corporativo.
Transferido para Ilhéus, para a agência 0237, em 2020, o funcionário foi colocado em uma situação difícil, sem opções, ao ser ameaçado pelo assessor administrativo da Gerência Regional Ilhéus na época , que lhe disse que ou aceitava a transferência ou seria demitido.
Com uma esposa que trabalhava e uma filha na escola, a mudança forçada significou abrir mão de sua vida anterior, sem qualquer aumento salarial. O que parecia ser uma nova oportunidade logo se transformou em um pesadelo. O Assessor administrativo da regional, iniciou uma série de cobranças implacáveis, utilizando vídeo conferências para expor o trabalhador diante de toda a equipe, além de fazer ameaças pessoais que culminaram em um ambiente de trabalho tóxico.
O sindicato dos bancários de Ilhéus e Região levou os casos de assédio sofridos por esse e por outros bancários ao Gerente Regional e ao RH do banco e para nossa surpresa o ASSEDIADOR FOI PROMOVIDO depois das denúncias feitas , deixando uma reflexão a todos sobre a postura do banco referente a prática, será que realmente o banco condena a prática do assédio ou ele apoia ?
Leia a matéria da época no link abaixo:
O bancário, sobrecarregado pela pressão e pela constante perseguição, procurou ajuda médica e foi diagnosticado com problemas psiquiátricos e lesões por esforços repetitivos.
Em 2022, sua situação se agravou, levando-o a buscar a intervenção do sindicato dos bancários de Ilhéus e Região para solicitar apoio em sua transferência de volta à sua cidade natal, Teixeira de Freitas, onde poderia receber tratamento adequado, conforme recomendado pelos laudos médicos.
Graças ao apoio do sindicato e à insistência em seu caso, a equipe de Recursos Humanos do banco finalmente concordou com a transferência, reconhecendo a gravidade da situação do funcionário. O gerente regional, informado sobre o estado de saúde do bancário, endossou o pedido de transferência, que foi formalizado em uma carta escrita pelo próprio funcionário.
No entanto, a história tomou um rumo inesperado e triste. Após seis meses em sua nova posição, o banco decidiu demitir o funcionário, mesmo ciente de sua condição de saúde, do andamento do seu tratamento e das dificuldades que ele enfrentou nos últimos três anos. Essa decisão não apenas afetou o bancário, mas também teve um impacto significativo em sua família, que já havia sofrido as consequências do ambiente de trabalho hostil.
O relato do bancário destaca a necessidade urgente de discussões sobre assédio moral no ambiente de trabalho e a importância de políticas eficazes que protejam os trabalhadores. É um apelo para que as instituições financeiras e outras empresas reconheçam a responsabilidade de cuidar da saúde mental de seus funcionários e promovam um ambiente de trabalho saudável e respeitoso.
À medida que a sociedade avança em direção a um ambiente de trabalho mais justo, histórias como a desse bancário servem como um lembrete de que a luta contra o assédio moral e a promoção do bem-estar dos trabalhadores ainda é uma batalha a ser travada. O caso pede reflexão e ação tanto do banco quanto da sociedade em geral, para que episódios de sofrimento e injustiça não se repitam no futuro.
O Sindicato dos Bancários de Ilhéus e Região repudia qualquer prática de assédio seja ele dentro ou fora do ambiente de trabalho e se compromete sempre em fiscalizar e denunciar essas e outras práticas do banco com objetivo de fazer um ambiente de trabalho mais digno e saudável para o trabalhador.
(Texto: Gabriel Nobre)