Ganância de banqueiros por lucros deixa 89 municípios brasileiros sem unidades bancárias e impõe demissões em massa no setor
Matéria publicada pelo jornal Folha de São Paulo no último domingo (10) revela o quanto a ganância dos banqueiros e a política de dilapidação do setor público pelo Governo Bolsonaro ameaçam o emprego da categoria bancária. De março de 2020 até setembro foram extintas no Brasil 2.080 agências. O fechamento de unidades físicas se deve ao avanço e a concorrência de fintechs, cooperativas e bancos digitais no setor financeiro, que explicam em parte da extinção de agências. No entanto, este é um processo que já vem acontecendo ao longo dos anos e o sistema financeiro sempre se utilizou das novas tecnologias para reduzir custos com mão de obra e aumentar os lucros.
O Itaú anunciou o fechamento, no Rio, de duas grandes agências na Avenida Rio Branco até dezembro deste ano.
A pandemia como laboratório
Na pandemia, os bancos tiveram que ampliar o home Office, atendendo uma reivindicação dos bancários para proteção das vidas contra a Covid-19. Apesar de necessário, esta mudança serviu como um grande laboratório para as estratégias dos bancos de avançar com plataformas digitais e reduzir custos administrativos com aluguéis de espaços comerciais, energia elétrica e despesas com empregados. Fato é que o setor mais lucrativo do país extingue empregos aos milhares para acumular ainda mais dinheiro.
Cidades sem bancos
Quem mora ou tem parentes no interior sabe da importância de uma agência bancária para o desenvolvimento dos pequemos municípios. É o que está acontecendo no Brasil. Cada vez mais voltados para unidades de negócios, os bancos privados estão fechando suas agências nos pequenos municípios.
O Banco do Brasil, por exemplo, começou este ano, uma reestruturação que prevê o fechamento de 361 unidades, incluindo em cidades menores que ficarão sem agência bancária.
(Com informações Bancários Rio)