Itaú apresenta proposta de reajuste para o PCR

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) e a direção do Itaú se reuniram na sexta-feira (25/4), para dar continuidade ao processo de negociação sobre o Programa Complementar de Resultados (PCR).

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Logo no início do encontro, o banco apresentou uma proposta com reajuste de apenas meio ponto percentual acima da inflação de março (IPCA de 5,20%), com um retorno sobre patrimônio líquido (ROE) estipulado em 23%. Diante do reajuste baixo e do aumento do ROE – o que, na prática, dificulta o acesso à faixa mais alta do PCR pelos trabalhadores –, a COE rejeitou prontamente os termos iniciais apresentados pelo banco.

Após um intervalo de 30 minutos solicitado pela direção do Itaú, o banco retornou à mesa com nova proposta: reajuste de 6,25% (inflação de março mais 1%) e ROE de 22,1%.

Os valores propostos por faixa ficaram assim:

Primeira faixa (ROE até 22,1): R$ 3.908,05

Segunda faixa (ROE acima de 22,1): R$ 4.096,42

O banco também apresentou uma alternativa: aplicar o reajuste da categoria, negociado para setembro, no valor da PCR pelos próximos dois anos, mantendo o ROE em 22,1.

Em ambas as propostas, o reajuste do segundo ano seguiria o índice definido para a categoria nas negociações da campanha salarial.

“Entendemos que o banco poderia ter dado uma melhor proposta, sobretudo pelo crescimento significativo do lucro, mas depois de três rodadas de negociações, conseguimos fazer com que ele apresentasse uma proposta mais digna, que corrige a inflação e apresenta ganha real pra categoria”, destacou a diretora da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe Luciana Dória, que integra a COE Itaú.

As propostas serão levadas para avaliação dos funcionários do Itaú.