Dirigentes sindicais do Bradesco da Bahia e Sergipe reuniram-se em um encontro interestadual em Salvador, destacando a defesa do emprego como prioridade diante da reestruturação no banco, marcada por fechamentos de agências, demissões e uma crescente precarização das relações de trabalho. O evento, realizado de forma híbrida, contou com análises do Dieese Bahia sobre o balanço do Bradesco em 2023 e seu impacto no mercado de trabalho.
Após debates, os dirigentes elaboraram um plano de luta abrangente, incluindo a realização de um dia de mobilização em Bahia e Sergipe contra a reestruturação, envolvendo os trabalhadores da base na defesa de direitos e buscando responsabilizar o banco por doenças ocupacionais. Aproveitando o ano eleitoral, planejam engajar candidatos locais na luta contra o fechamento de agências, especialmente no interior dos estados.
Além disso, as estratégias incluem a criação de um jornal específico do Bradesco para distribuição, um seminário para discutir os problemas com a categoria, a formação de uma Comissão de TI para analisar a digitalização e a ampliação da luta pela manutenção do plano de saúde para aposentados, uma pauta crucial para a categoria.
O diretor do sindicato dos bancários de Ilhéus, Luis Roberto, que representou seu sindicato no encontro, enfatizou o sofrimento dos funcionários que retornam de licença médica com problemas nos pagamentos salariais. Ele propôs um dia de luta conjunto em Bahia e Sergipe, uma pesquisa nacional para ouvir os funcionários e campanhas em nível nacional. Luis Roberto criticou a postura do banco, apontando a falta de veracidade na garantia de ausência de demissões, baseado em experiências anteriores de fusões resultando em demissões em larga escala ao longo dos anos.