
O 2º Encontro da Diversidade Bancária LGBTQIAPN+ Bahia e Sergipe foi um sucesso. O evento reuniu 90 bancários e bancárias das bases dos 13 sindicatos filiados à Federação Bahia e Sergipe neste sábado (12/4), em Salvador, para discutir formas para enfrentar o preconceito e garantir os direitos dos trabalhadores LGBTQIAPN+ no setor financeiro.

Foi um dia de intensos debates sobre direito com ferramenta de resistência, militância LGBTQIAPN+ e avanços na categoria bancária. “Esse evento é de fundamental importância para a categoria bancária. Momento de reflexões, de apresentações de propostas e de trocas de experiências, mas, acima de tudo, um espaço de acolhimento. O Encontro teve boa participação de trabalhadores e trabalhadoras que buscam soluções no mercado de trabalho bancário, que não é inclusivo, para combater a discriminação e a lgbtfobia”, destacou a diretora de Gênero da Federação, Nancy Andrade.

A ampla participação da categoria e a qualidade dos debates também foram pontos positivos ressaltados pela presidenta da Federação Andréia Sabino. “Foi um evento super rico. Tivemos uma grande participação dos bancários, do pessoal do interior, dos presidentes, então esse evento ele superou as expectativas. Tivemos palestrantes com falas importantíssimas, com pauta imprescindível para a nossa categoria. A avaliação é super positiva. Eu acho que todo mundo sai daqui hoje, pensando muito no amanhã, pensando em tudo que a gente pode colocar em prática. Esse era o nosso objetivo e ele foi atingido”, comemorou.
Avanços na CCT

O 2º Encontro da Diversidade foi encerrado com a mesa sobre resistência e avanços na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária. Em uma exposição detalhada, a advogada Tatiana Rossini, que assessora a Federação e alguns sindicatos da base, mostrou todos os direitos conquistados pelos trabalhadores LGBTQIAPN+ ao longo do tempo. Ela destacou a inclusão do companheiro do mesmo sexo no plano de saúde, licença maternidade para casais de mulheres, extensão dos direitos matrimoniais aos casais homoafetivo e o uso do nome social nos crachás, cartões de visitas e e-mails de trabalho. Em muitos casos, os bancários tiveram seus direitos assegurados antes dos demais categorias. Isto tudo com muita luta.

A lista foi complementada pela secretária de Juventude da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeira (Contraf), Bianca Garbelini, que participou do evento por videoconferência. Ela destacou a mesa de debate sobre igualdade de oportunidades, o censo da Diversidade e, mais recentemente, as bolsas de estudos para a capacitação de mulheres na área de TI, que tem entre seu público prioritário as mulheres transexuais.

O debate sobre o tema contou com contribuições importantes também do presidente do Sindicato de Juazeiro, Eleandro Damas; do presidente do Sindicato de Vitória da Conquista, Leonardo Viana, e da diretora de Gênero do Sindicato da Bahia, Marta Rodrigues.