Bancários de todo o país realizaram, nesta quinta-feira (24), um Dia Nacional de Luta contra as demissões realizadas pelo banco Santander. Assim como o Itaú, o banco espanhol também vem rompendo compromisso firmado em março, de não realizar cortes durante a pandemia.
Além de ações promovidas pelos sindicatos dos bancários em diversas partes do país, os trabalhadores também promoveram um “tuitaço”, durante a manhã, contra as demissões. As hashtags #SantanderPareAsDemissoes e #SantanderNaoTerceirize concentraram os protestos virtuais.
Anteriormente, em junho, o banco chegou a anunciar planos de redução de 20% dos postos de trabalho no Brasil. Essa iniciativa foi alvo, inclusive, de protesto internacional. Mas, após o banco voltar atrás, desmentindo a intenção de cortar os postos de trabalho, as demissões continuaram a ocorrer.
Mau exemplo
“Outros bancos já começaram a seguir esse mau exemplo. Todos os trabalhadores da categoria são afetados pela ‘fúria espanhola’. Temos que unir todos os bancários e bancárias para barrar estas medidas e evitar que elas se generalizem”, afirmou o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o Santander, Mario Raia.
Enquanto isso, o Santander registrou lucro de R$ 3,8 bilhões nos primeiros três meses do ano – alta de 10,5% em relação a igual período de 2019. Ademais, as operações no Brasil respondem pela maior fatia (29%) dos lucros obtidos pela instituição em todo o mundo. Mesmo assim, só em junho desta ano, 363 bancários foram demitidos pelo Santander.