
A Comissão Nacional dos Funcionários se reuniu com a direção do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) nesta quarta-feira (7/5) para mais uma rodada da mesa permanente de negociação. O encontro aconteceu na sede do banco, em Fortaleza (CE).
Na reunião, os representantes dos funcionários cobraram a implantação do novo Plano de Cargos e Remuneração (PCR) ainda no primeiro semestre de 2024. Segundo o banco, o processo já passou por todas as áreas técnicas, de modelagem, jurídica e de avaliação da Diretoria, restando apenas a validação do Comitê de Pessoas do Conselho de Administração.
Outro tema importante discutido foi a situação do Plano BD da Capef. A CNFBNB destacou que a situação já se estende há anos e precisa de uma solução definitiva. Cobrou também que as entidades representativas dos bancários sejam chamadas para debater a proposta, conforme promessa do presidente do banco. O BNB informou que o tema segue em estudo na diretoria e que a solução será construída em conjunto com os Conselhos Deliberativos da Capef e da entidade patrocinadora.
A Comissão cobrou também o abono de acompanhamento de filhos para profissionais da área da saúde além de médicos, como psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. A representação sindical argumentou que esses profissionais também emitem atestados válidos e são fundamentais para o desenvolvimento das crianças. A direção do banco informou que avaliará o pedido.
Os representantes dos bancários questionaram ainda a exigência de autenticação via celular pessoal para acesso ao Portal RH, o que impõe aos trabalhadores o uso do próprio aparelho fora do expediente, ferindo o direito à desconexão. O banco disse estar estudando alternativas, incluindo o uso de notebooks corporativos, e que uma nova solução deve ser apresentada em breve.
Outro tema discutido no encontro foi a criação de uma subsidiária para gerir ativos de terceiros. O BNB confirmou que o projeto está em avaliação e que a iniciativa busca atender às diretrizes do Banco Central para esse tipo de operação. A Comissão solicitou que o tema seja tratado com transparência, inclusive com o envolvimento das entidades representativas. Por fim, os representantes cobraram esclarecimentos sobre a mudança da apólice de seguro de vida. O banco informou que haverá troca de operadora, mas que todas as condições contratadas serão mantidas, sem prejuízos aos empregados.
Para o diretor da Federação dos Bancários da Bahia Waldenir Britto, “o BNB continua não apresentando respostas efetivas para grandes questões para os funcionários, como o atraso na apresentação do PCR para o conjunto dos trabalhadores; solução para os graves problemas de saúde mental que acomete aos bancários, principalmente das agências e centrais. É necessário que os trabalhadores se mobilizem, com ações mais contundentes, para buscar sensibilizar o banco para modificar as atuais condições de trabalho, onde o adoecimento mental se eleva a cada momento”, avaliou.
Além de Waldenir Brito, também participaram da reunião, a diretora do Sindicato da Bahia Jeane Marques e o diretor do Sindicato de Sergipe João Wellington.
A próxima reunião da mesa permanente está marcada para o dia 4 de junho, às 14h, em Fortaleza (CE).