
Dirigentes da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe e dos sindicatos filiados se reuniram com representantes das Relações Sindicais do Itaú, nesta sexta-feira (16/5), em Salvador, para tratar de temas referentes à saúde dos trabalhadores como Junta Médica, a situação do plano de saúde Casseb e a ampliação da rede Porto Seguro, assédio moral e discriminação contra funcionários que retornam de licença.
No encontro, os dirigentes sindicais apresentaram os principais desafios que os funcionários vêm enfrentando com a falta de atendimento do plano, principalmente o Casseb. Eles solicitaram que o banco amplie a rede de credenciamento da Porto Seguro pela Fundação Itaú Saúde, tanto nas capitais Salvador e Aracaju, como também nas cidades do interior da Bahia. Foram apresentados ainda casos concretos para o que o banco busque uma solução mais rápida.
Outro tema abordado durante a reunião foi a questão do assédio moral que tem adoecido psicologicamente vários bancários. Os dirigentes apresentaram denúncias trazidas aos sindicatos. “Pedimos ao banco correção dessas situações e que sejam aprimorados os cursos e treinamentos, para que gestões locais não continuem desalinhadas com que o banco dita em seus manuais, e código de ética, que de fato essas políticas sejam fiscalizadas nas agências e que não fique só no papel, dessa forma as práticas de assédio moral poderão ser inibidas, principalmente com relação à cobrança abusiva de metas, muitas vezes com o percentual de atingimento ICM acima do que é estipulado pelo programa GERA”, informou a representante da Comissão de Organização dos Empregados (COE) Itaú e diretora da Feebbase, Luciana Dória.

Os sindicatos denunciaram também para a equipe de relações sindicais a situação dos funcionários que retornam de licença. Muitas vezes, eles voltam sem o devido acolhimento, sem as observações médicas dos seus relatórios. Foi reivindicado que o banco tenha um olhar mais atento a esses casos, pois muitos voltam e não têm acesso ao sistema, acabam realizando tarefas que não são condizentes com seus cargos e isso acaba piorando a situação do funcionário, que já volta debilitado com uma questão de saúde. Então é preciso que essas situações também sejam resolvidas.
Junta médica e segurança
Na reunião, os sindicatos puderam tratar, junto com as relações sindicais, sobre a retomada da Junta Médica, constante na Cláusula 29 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários. Foram colocados vários pontos de observação com relação ao procedimento e o banco também pôde falar sobre o fluxo, as motivações. Foi solicitado todo cuidado com relação a essa questão, pois tratam-se de trabalhadores que já possuem um grau de adoecimento muito grande. É preciso cuidado para que esse procedimento não agrave ainda mais a situação.
O banco se comprometeu a seguir esse procedimento com todo cuidado, seguindo o fluxo que foi construído juntamente com o movimento sindical, para que os tratamentos sejam feitos da melhor forma possível e de forma mais humanizada. Foi colocado que os sindicatos estarão vigilantes também a esse processo para que tudo corra bem.
Por fim, os sindicatos também solicitaram ao banco, que reveja a política que vem sendo adotada para agências de negócios, pois há uma insegurança e vulnerabilidade muito grande nesses locais, tanto para os clientes, como para os funcionários. O movimento sindical entende que mesmo não havendo caixas, a agência bancária é um local de risco e precisa manter as ferramentas de controle e de segurança, não só para a questão patrimonial do banco, para a questão física, como também para os funcionários e as vidas que ali estão.

“Hoje realizamos uma excelente reunião. Tivemos uma grande oportunidade de mostrar para o banco a realidade local. Tratar das dificuldades, das demandas dos colegas, discutir com o banco sobre plano de saúde, segurança nas agências, assédio moral de forma localizada foi importantíssimo para que a gente pudesse encaminhar e cobrar do banco soluções mais rápidas. Falar para o banco que é diferente das outras praças e que as demandas precisam ser resolvidas de forma localizada. Foi muito boa a reunião, muito participativa. Tivemos uma grande discussão sobre o plano de saúde e, com certeza, esperamos que o banco nos mande resposta o mais rápido possível”, avaliou a presidente da Feebbase, Andréia Sabino.
A reunião contou com a participação de representantes dos sindicatos da Bahia, Camaçari, Sergipe, Irecê, Jequié, Feira de Santana, Ilhéus e Itabuna, além da presidente da Federação, Andréia Sabino, a representante da COE Itaú, Luciana Dória, e vários dirigentes da entidade.
O Itaú foi representado pela equipe de Relações Sindicais formada por Marina Madeira, Gustavo Barbosa, Fernanda Nascimento e Carlos Alberto Sobrinho.