Mais um dia de enrolação. Na rodada de negociação desta quinta-feira (25/8), a Fenaban prometeu, mas não apresentou uma proposta global para as reivindicações dos bancários, nem uma nova proposição de reajuste para o salário da categoria.
Na última sexta-feira (19), os bancos chegaram a propor um reajuste de 65% da inflação do período para os salários e demais verbas econômicas. A proposta foi recusada ainda na mesa pelo Comando Nacional dos Bancários, por representar uma perda real de 2,9% para a categoria.
Nas negociações seguintes, o Comando pressionou e Fenaban avançou no índice de reajuste dos vales alimentação e refeição, chegando a reposição de 100% do INPC. O Comando considerou o aumento insuficiente, pois a inflação dos alimentos está em 15,37%. A reivindicação é de correção do VA e VR por este índice.
PLR
Nesta quinta-feira, a Fenaban apresentou também uma nova proposta para a participação nos lucros e resultados (PLR), com correção pelo INPC do período entre setembro de 2021 e agosto de 2022. Os bancos insistem ainda em compensar os programas próprios na parcela adicional da PLR, o que representa prejuízos para os trabalhadores.
A proposta foi recusada pelo Comando, que cobrou dos bancos uma proposição global para a pauta de reivindicações da categoria, que garanta aumento real nos salários e demais verbas econômicas.
“Na negociação de hoje, a Fenaban apresentou ainda algumas ameaças de retirada de direitos. Como a compensação dos programas próprios na PLR, mudanças nas cláusulas de pré-aposentadoria, no auxílio doença e outras questões que estão fora a realidade. Nós deixamos claro que não vamos aceitar proposta rebaixada. A lucratividade e rentabilidade dos bancos são enormes e eles têm plenas condições de oferecer um reajuste real para a categoria”, ressaltou o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto.
Uma nova rodada de negociação acontecerá nesta sexta-feira (26), às 14h.