O Sindicato dos Bancários de Ilhéus e Região recebeu uma grave denúncia envolvendo práticas de assédio moral em uma unidade do Bradesco. Segundo relatos, o gerente do banco tem promovido reuniões nas quais expõem resultados individuais, faz comparações entre funcionários e apresenta rankings internos. Essa prática, além de prejudicial ao ambiente de trabalho, viola explicitamente a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que proíbe esse tipo de conduta.
O que é assédio moral?
O assédio moral é caracterizado por comportamentos repetitivos que expõem trabalhadores a situações humilhantes, constrangedoras ou degradantes no ambiente de trabalho. Esses atos podem ocorrer de diversas formas, como:
• Comparações públicas de desempenho entre colegas;
• Exposição vexatória de resultados ou metas não atingidas;
• Comentários desrespeitosos ou ameaças de punição;
• Pressões abusivas e desproporcionais.
No caso do Bradesco, segundo o Sindicato, as reuniões mencionadas infringem diretamente o Código de Ética do próprio banco.
As consequências do assédio moral
Além dos danos emocionais e psicológicos causados às vítimas, como ansiedade, depressão e perda de autoestima, o assédio moral pode gerar implicações legais para o agressor e para a instituição:
1. Consequências para o gestor (assediador):
• Advertências formais e processos internos de apuração;
• Responsabilização judicial, podendo responder por danos morais ou até penais, dependendo da gravidade do caso;
• Danos à reputação e possibilidade de demissão por justa causa.
2. Consequências para o banco:
• Responsabilidade subsidiária em processos judiciais movidos por funcionários assediados;
• Multas e sanções de órgãos fiscalizadores, como o Ministério Público do Trabalho (MPT);
• Danos à imagem institucional, afetando a relação com clientes e colaboradores.
Ação do Sindicato
O Sindicato está acompanhando o caso nos bastidores para evitar a exposição desnecessária das vítimas. No entanto, reforça que, caso as denúncias persistam, levará a situação aos órgãos competentes, como o MPT, para assegurar o cumprimento das normas trabalhistas e a proteção dos direitos dos bancários.
Além disso, o Sindicato repudia veementemente a conduta de gestores que insistem em práticas abusivas e lembra que o combate ao assédio moral é uma responsabilidade coletiva. “Todo trabalhador tem o direito de desempenhar suas funções em um ambiente respeitoso e ético”, declarou a direção do Sindicato.
Apoio às vítimas
O Sindicato orienta que os trabalhadores que se sintam prejudicados procurem a entidade para registrar suas queixas. O sigilo e a proteção das informações serão garantidos.
Para denúncias ou mais informações, o Sindicato dos Bancários de Ilhéus e Região disponibiliza seus canais de atendimento. É hora de dizer não ao assédio moral e lutar por um ambiente de trabalho mais justo e humano.
