
Os 40 anos da primeira greve nacional dos bancários, realizada em setembro de 1985, foi tema de uma Audiência Pública da Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (14/10). Solicitada pelo deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), a atividade reuniu parlamentares e representantes de entidades sindicais de todo o Brasil.
Durante a audiência, os participantes relembraram o contexto político da época, quando o Brasil vivia o processo de redemocratização após 21 anos de ditadura militar. A paralisação de 1985 foi um marco na reorganização sindical.
O deputado Daniel Almeida (PCdoB/BA) destacou que a greve teve papel decisivo na resistência política. “Foi uma greve que, além da pauta salarial, teve um caráter político fundamental. Lembrar essa trajetória é lembrar que podemos resistir para preservar patrimônios do povo brasileiro, como a Caixa Econômica Federal”, afirmou.

A Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feebbase) participou da Audiência, sendo representada pelo diretor de Comunicação, Emanoel Souza, e o Secretário Geral, Hermelino Neto. O Sindicato dos Bancários da Bahia foi representado pelo diretor Antônio Messias Bastos.
Em sua fala, Emanoel Sousa ressaltou que a categoria comemora dois grandes feitos de 1985 – a primeira greve nacional após a ditadura e, no mês seguinte, 30 de outubro, a greve dos empregados da Caixa, que garantiu o reconhecimento dos economiários como bancários, com direito à jornada de seis horas e à sindicalização. “Nós estarmos aqui hoje, celebrando 40 anos deste movimento, não é pouca coisa. As transformações que nós enfrentamos de lá para cá e os desafios que estamos enfrentando até hoje nos permitem dizer de que, a categoria bancária sobrevive porque tem um movimento sindical extremamente forte, com a unidade e com a organização”, destacouo diretor da Feebbase e da Fenae.