O primeiro semestre de 2024 foi bastante generoso em termos de resultados financeiros para instituições bancárias. O Banco Mercantil, por exemplo, registrou lucro líquido trimestral de R$ 165 milhões e crescimento de 142% na comparação com o mesmo período do ano anterior (leia matéria completa neste link).
Já o Santander reportou lucro líquido gerencial de R$ 3,021 bilhões no primeiro trimestre de 2024, montante 41,2% superior ao mesmo intervalo de 2023. Esse resultado superou expectativa média de R$ 2,89 bilhões apurada junto a analistas do setor (leia matéria completa neste link).
O Itaú reportou no início deste mês, um lucro recorrente gerencial de R$ 9,771 bilhões referente ao primeiro trimestre de 2024. A cifra é 15,8% maior que a registrada um ano antes. O resultado ficou praticamente em linha com o esperado, com previa de lucro líquido de R$ 9,734 bilhões no período (leia matéria completa neste link).
E o Bradesco? Pois é, este banco teve um lucro recorrente acima do esperado de R$ 4,2 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Mesmo tendo queda de 1,6% na comparação anual, apresentou uma alta de 46,3%. O resultado não agradou o tal “mercado”, e agora?
A instituição financeira investe pesado no seu “plano de virada” que insiste em enxugar seu quadro de funcionários e fechar agências. Aqui na região sul da Bahia, os trabalhadores já sentem o pesado do remédio amargo que o banco usa para agradar investidores do mercado.
Com a restruturação do Bradesco por aqui, já foram fechadas 4 agências da base da Gerência Regional e até mesmo a própria Gerência Regional.
O Sindicato dos Bancários de Ilhéus (Seebi) tem se articulado, inclusive por via judicial, para tentar frear o tal “plano de virada” do banco, que na verdade é um planejamento de desmonte para demitir empregados, fechar agências e aumentar seus lucros.
A entidade sindical está na luta para a manutenção do funcionamento da histórica agência 3519 do Bradesco, em Ilhéus, local onde funcionou o antigo Baneb. O Seebi reforça o compromisso de vigilância na tentativa em manter os empregados nos seus postos de trabalho e as agências funcionado, no sentido de tentar frear a sanha mercenária do banco por dinheiro.