Trabalhadores vão deliberar sobre acordos de PLR, programa de auxílio educacional e de ponto eletrônico
Bancários, associados ou não, que prestam serviços no Banco Mercantil do Brasil S/A e Banco Mercantil de Investimentos S/A, na base territorial de Ilhéus a assembleia extraordinária específica será remota/virtual pelo aplicativo zoom às 16h desta sexta-feira (25). Conforme edital.
Sindicatos dos bancários de todas as bases que possuem unidades do Banco Mercantil do Brasil (BMB) realizam assembleias nesta sexta-feira (25) para deliberar sobre as propostas de acordo dos programas próprios de Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), auxílio educacional e do aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho referente ao ponto eletrônico.
As assembleias serão realizadas por sistema eletrônico de votação, via internet, com votação das 8h às 20h. O link para a votação será divulgado pelos sindicatos que possuem unidades do Banco Mercantil do Brasil em suas bases.
“O ACT de ponto eletrônico já foi apreciado e aprovado pelos bancários do Mercantil do Brasil lotados na base do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região, devendo agora ser votado nas demais bases”, informou o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Mercantil do Brasil, Marco Aurélio Alves, ao ressaltar que a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), por meio da COE, indica a aprovação dos três acordos.
“Nas negociações, conseguimos avançar em pontos importantes dos acordos. Conseguimos reduzir a meta do lucro em mais de 12 milhões, o que poderá ocasionar uma melhor remuneração aos funcionários em relação ao programa próprio de PLR, além do aumento dos múltiplos salariais dos escriturários, que representa avanço da nossa luta pela valorização de todos funcionários do Mercantil do Brasil, principalmente dos que têm menores remunerações”, explicou o coordenador da COE.
Avanços na PLR
Houve avanços em diversos pontos na negociação da PLR. O movimento sindical conquistou a redução de R$ 12,5 milhões na meta anual de lucro líquido a ser atingido, que baixou de R$ 250 milhões para R$ 237,5 milhões. Com a proposta da representação dos trabalhadores de gatilho de 80% da meta atingida, os bancários do Mercantil do Brasil passam a receber a partir da obtenção de lucro de R$ 190 milhões, que representa uma meta de crescimento de 26% do lucro em relação ao obtido no ano passado.
Também foi conquistado o aumento no limite dos múltiplos salariais dos escriturários de agências, em torno de 1.000 funcionários, que passa de 1,7 salário para 2 salários em caso de cumprimento das metas do acordo próprio de PLR.
Outro avanço foi a inserção de cláusula sobre o não desconto do programa próprio sobre o adicional de PLR estipulado pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários.
Também houve alteração na cláusula décima, sobre revisão anual do acordo, que passa a ter maior periodicidade de reuniões entre a empresa e a representação dos trabalhadores para ajustes necessários devido às incertezas decorrentes da Covid-19.
PLR do BMI
Em Belo Horizonte, onde existe também o Banco Mercantil do Brasil Investimentos (BMI), os trabalhadores deliberarão sobre o acordo de PLR específico.
“Assim como conquistado no programa de PLR do BMB, também obtivemos a melhoria na cláusula décima do acordo do BMI, prevendo uma revisão no acordo, até a data limite de um dia útil anterior à data do pagamento da antecipação, caso seja necessário ajustes às metas de lucro e redução de despesas, se, por ventura, houver prejuízos aos trabalhadores”, explicou Marco Aurélio.
Auxílio educacional
Em relação ao programa de auxílio educacional, o Banco Mercantil do Brasil aumentou o limite e o valor das bolsas. Eram 100 bolsas de R$ 250. Agora serão 120 bolsas de R$ 280. Os bancários contemplados terão direito a doze parcelas anuais.
Controle da jornada
Sobre o acordo de controle alternativo de jornada/ponto eletrônico, o acordo analisado e aprovado em assembleia realizada na base territorial do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região, uma vez que o acordo não traz prejuízos aos trabalhadores e permite que a haja controle da jornada em home office.
O acordo de controle de jornada/ponto eletrônico será avaliado pelas assembleias locais, exceto em Belo Horizonte, onde esta apreciação já ocorreu.
(Com informações da Contraf-CUT)